segunda-feira, 20 de julho de 2009

Heróis

POR QUE SUPER-HERÓIS AMERICANOS E ANTI-HERÓIS BRASILEIROS?

É muito simples a resposta: elevações literárias que denigrem nossa nacionalidade apoiada pelos meios de comunicação.
Personificações negativas penetram nossos lares mostrando muitas vezes um lado nada dignificante para nosso povo. E os aplausos acontecem!...
Houve até um filme sobre nossos pracinhas que irritou muito os soldados vivos que lutaram na última guerra. Por que fazer isto?
Ninguém é diferente de ninguém. A massa encefálica de cada ser humano é igual, portanto a capacidade de raciocínio é universal. Verdade seja dita: a falta de recursos influencia a formação intelectual e provoca disparidades entre uma nação e outra. No entanto isto não quer dizer que mesmo pobre não alcance conhecimento e respeito.
Quanto ao nosso país, para quem já viveu bastante, pôde participar de orientações elevadas. O civismo nas escolas fazia parte de uma rotina e o orgulho de ser brasileiro era parte de nós.
O tempo passou e coisas erradas começaram a mudar comportamentos.
Um apego ao importado, objetos, musica, filmes e literaturas extraíram raízes nacionais direcionando-as para mundos diferentes. Por outro lado, no momento está havendo muita recuperação, mas há poucos anos era comum o desprezo ao produto nacional: - “é brasileiro? Não presta”. Tudo isto deu guarida a uma deturpação de princípios, parecendo nada significar a imensidão continental do Brasil, conseguida com muita luta por nossos ancestrais.
Como parâmetro, observemos o comportamento norte-americano diante de sua história. Até hoje os super-heróis não só fazem parte da vida naquele país como invadem todo o planeta. Criaram uma afirmação positiva na formação cultural deles.
A principal forma de criarmos ou revertermos nossa mentalidade é passarmos a repudiar tudo aquilo que nos coloca em posição inferior, tais como, programas de TV que mostrem nosso lado negativo através das anedotas ou em outros tipos de apresentações.
Mestres do hilário abusam, até um “vampiro brasileiro” foi mostrado relaxando conosco e demos risadas. Outro, o “brasilino” era pura chacota nossa e demos risadas.
E quantas vezes rimos de nós mesmos. É uma piada, dirão, no entanto em cada uma delas lá se vai um pedacinho de nossa dignidade.
A comicidade é uma arma perigosa. Aparentemente inofensiva diz inverdades que na maioria das vezes atingem a formação jovem.
Assim, quando vemos a projeção de macunaíma como símbolo do brasileiro, isto é muito pejorativo e não condiz com as lutas dos nossos antepassados para nos oferecer um território tão grande. Não condiz com os Bandeirantes. Com médicos brasileiros que percorrem a Amazônia de aldeia em aldeia levando cura a diversas doenças de nossos índios. Não condiz com a coragem dos homens castigados pela seca no nordeste. Não condiz com os soldados do exército que protegem nossas fronteiras. Não condiz com a luta de homens e mulheres em toda nação que buscam melhorar a existência. Poderia desfilar uma seqüência interminável de setores onde estão inúmeros super-heróis.
Ao invés de criarmos anti-heróis, por que não simbolizarmos realmente um super-herói brasileiro?
Além do futebol, um dos grandes vínculos nacionais, temos condição de mostrar ao mundo a face de um imbatível homem brasileiro, capaz de superar tudo e vencer na dignidade, na fé, na força, na cultura e na ciência.
29-10-05

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