domingo, 5 de outubro de 2014

PRINCE, FONTE DE LUZ E VILA TALMA



Na terra dos Nogos, vamos encontra Gilbert no mesmo local das edificações. Um centro moderno, um oásis naquele mundo primitivo. A iluminação tomava todo o grande prédio, onde computadores funcionavam. Poder-se-ia dizer quase uma réplica da cidade espacial.
Os geradores movidos com combustíveis de archotes funcionaram. O local ficou conhecido por Fonte de Luz, nome que oficialmente recebeu.
O engenheiro, percebendo que o destino era a mudança para a superfície, pediu permissão para construir lá sua residência, edificando uma bela casa. Ficara sozinho, os pais não quiseram descer, sentiam-se idosos. Não voltou mais à nave, tentou pelo comunicador convencê-los, mas foi em vão.
Soubera por eles mesmos que sua irmã se casara e que estava em Vale Verde. Manteve sua equipe, coordenada pelo fiel amigo Vítor e formou outra com terrestres e nativos. Os pedidos de construções não paravam, sentia que passaria a vida exercendo a profissão. Ganhava bem, possuía uma residência com todo conforto, mas ainda não havia encontrado uma companheira.
Estava prestes a terminar a mansão de Kalil, desenhada pelo mesmo com muito requinte. O príncipe passara a morar lá depois de desposar Kiria, que por sua vez lecionava no Colégio.
Kalil teve de ampliar seu escritório e contratar pessoal, não vencia a solicitação de plantas.
Gilbert, passava boa parte de seu tempo examinando o andamento dos trabalhos, ora em Prince, ora em Fonte de Luz, tornara-se amigo do Príncipe, quase um sócio, geralmente era o executor dos projetos.
A pobreza da região desaparecera, a fábrica de cal e cimento e a enorme produção de tijolos continuava. Estradas foram abertas e carroções puxados por animais levavam os produtos para várias partes. Just, o Guardião, vivia como pedira a Deus, o banditismo fora extinto.
Borato e Lúcia, após cumprirem em outras Vilas suas tarefas de instrutores, voltaram para Prince. Conseguiram uma área para plantio e semearam trigo, construíram moinhos e passaram a fabricar pães. Depois, abandonaram o plantio pelo fornecimento de sementes, comprando a produção.
Vez ou outra, Gilbert se abria com o antigo amigo. Numa das tardes, após o término dos serviços, lhe perguntou:
— Vítor, como é a vida de casado?
— Se pensa que vou dizer que é ruim, está enganado.
Nada melhor que ter uma nativa ao lado, não reclama, tudo está bem, se xinga a gente não entende, fica por isto mesmo.
— Estou falando sério, Vítor.
— Estou respondendo com seriedade, gosto muito de Sint, você a conhece, nosso filho já tem dois anos e posso dizer que sou muito feliz.
Mas por que estas perguntas? Vai me dizer que apareceu alguém e você finalmente vai desencalhar.
— Ah! Desencalhar! Olha quem está falando, casou-se com a primeira namorada que teve!
— Mas casei! Não é verdade!
— Bem, venho pensando na minha vida. Encontro com muitas professoras todos os dias, belas moças, mas nenhuma me fez vibrar.
— Seu dia chegará, então entenderá tudo isto. Se não chegar é preferível continuar como está.

Algum tempo depois.
Numa das últimas tabernas de Prince, iluminada por archotes, o repulsivo Guno dava gargalhadas exageradas, enquanto bebia copos de vinho. O dono do estabelecimento já não o queria servir, estava perturbando a ordem, mas ele:
— Tenho dinheiro, ou ele não serve?
— É melhor retirar-se ou mando chamar Just.
O homem tornou-se ainda mais impertinente. O comerciante fez então sinal para dois homens fortes, que se colocaram ao lado do fanfarrão e o enxotaram.
Guno, esbravejando saiu. Era carroceiro. Quando bebia mudava a personalidade, passando de uma pessoa normal para outra intolerante e de má índole.
Dando berros, foi caminhando pelas ruas. De repente, ao passar perto de uma das casas, viu pela janela entreaberta uma bela jovem. Sem raciocinar, forçou a porta e entrou.
A moça estava sozinha, ficou apavorada ao ver aquele intruso ir para o lado dela, saiu da casa a correr e ele a seguiu. Apavorada, pisou em falso e foi ao chão, ia levantando quando o marginal já se prestava a agarrá-la. Nisto, um fulminante soco o prostrou por terra.
Nila, auxiliada pelo moço se levantou. Sequer podia andar, então a carregou até sua casa.
Nesse meio tempo, Natan e Sota, pais dela haviam chegado, ficaram nervosos quando o jovem entrou carregando a filha.
— O que aconteceu?, perguntaram aflitos.
— Não sei bem, vi que um homem corria atrás dela e ia agarrá-la quando lhe dei um soco, está lá na rua.
— Foi Guno, entrou aqui como um louco, queria me pegar, disse a moça soluçando. Acho que quebrei o pé.
— Obrigado moço por ter salvo nossa filha. Falou Natan.
Você é Gilbert que constrói casas?
— Sou, se precisarem de alguma coisa estou a disposição.

Depois do incidente, o engenheiro foi para casa e continuou sua rotina.
Passado dois dias, estava no habitual trabalho, quando uma nativa pediu para lhe falar, logo a reconheceu.
— Senhor Gilbert, estava tão nervosa naquele dia que mal lhe dei atenção. Meu pai quer lhe dar um almoço e me pediu para convidá-lo.
— Com muito prazer, irei sim. O pé sarou?
— Sim, não tenho mais nada. Fiquei com vergonha de me carregar.
— Como iria deixar uma bela jovem andar com o pé ferido?
A moça ruborizou-se diante daquelas palavras, Gilbert continuou:
— Quando deverei ir?
— Amanhã, é dia de descanso, estaremos lhe esperando.
— Ainda não me disse seu nome.
— É Nila.
— Bonito nome, gostei, Nila. Amanhã irei até sua casa.
Quando a jovem se retirou, Gilbert lembrou-se de flores, sem querer associava aquele rosto de menina ao de um belo botão de rosas. Dali em diante, não conseguiu tirá-la da cabeça.
      
— — —

Saindo de Prince, atravessando o continente, vamos encontrar em Vila Talma o avião de Kleber a pousar num pequeno descampado. O povo saiu as ruas, quando o barulho do objeto parou.
Logo que desceram, Gat, Salésio, Burin , o Curandeiro e outros foram dar-lhes as boas vindas.
Qual não foi a surpresa de Chato ao ver seu antigo inimigo, mas foi o primeiro a cumprimentar Jonas e oferecer préstimos. Gat mostrou as casas para Kleber e lhe entregou as chaves.
Dois dias depois, estavam acomodados e iniciavam nova existência no pacato lugar.
Cássia logo se entendeu com Oda, repartindo com ela o engradado de galinhas que Joseli fizera questão que trouxesse.
Jonas percebeu que o homem que conhecera na Roda era outro. Por sinal, o primeiro a tocar no assunto foi Salésio:
— Jonas, sei que deve guardar alguma mágoa de mim. Não sei nem como explicar, o fato é que encontrei aqui a razão de minha vida. Se um dia agredi aquelas crianças, hoje tenho duas delas e em suas veias corre o meu sangue.
— Não se preocupe, as boas informações correm, tornou-se famoso pelo que fez. Pode me considerar seu amigo.
— Obrigado Jonas, é muito bom, pois há muitas coisas por fazer.
No terceiro dia, Jonas voltou a se impacientar com suas plantas, as colocara no quintal, mas ainda estavam nas caixas. Sentia-se mais que disposto a colocar em prática o que vinha sonhando. Assim, foi procurar Chato, logo o encontrando.
— Preciso de um grande favor, trouxe plantas e sementes que gostaria de cultivar, como poderei conseguir um lugar para plantio?
— Com Gat, com as inundações a Coroa tirou o direito de propriedade, deixando para os Guardiões a redistribuição, com documentação e tudo. Vamos falar com ele.
— Chato levou o novo amigo até o habitual ponto do chefe da Guarda, a Taberna. Não que passasse o dia bebendo, simplesmente porque gostava de ficar lá, desde que a esposa morrera.
— Gat, Jonas precisa de ajuda.
— Vamos sentar, quer tomar alguma coisa?
— Não, obrigado. Respondeu o novo morador.
Gat, trouxe todos os tipos de sementes do extinto planeta de nossa origem, gostaria de ver se germinam aqui. Para isto precisa de um pedaço de terra limpa para trabalhar. Tenho também algumas pequenas árvores frutíferas para replantar.
— Venha comigo, vamos andar um pouco.
Gat travessou a Vila, depois um pequeno capão de mato e entrou num descampado plano e disse a Jonas:
— Este lugar serve para seus propósitos?
O agricultor nunca vira tanta terra, para ele, aquilo estava além do que esperava. Finalmente veria as plantinhas crescerem. Mas preocupado perguntou:
— Poderei ficar com tudo isto? Não entendi bem.
— Vou passar para o seu nome toda esta área, o único compromisso seu será fazê-la produzir, poderá aceitar toda ou parte, isto é de acordo com sua vontade.
— Posso então cercá-la e considerá-la minha?
— É sua, faça a marcação ou cerca e me avise para lhe dar a posse.
— Obrigado Gat, vou transformar isto no maior produtor de frutos deste mundo.
Seus olhos brilhavam por vislumbrar a realização daquilo que mais desejava. Quantas vezes sonhara, sem nada poder fazer. A seus pés, a terra que tanto queria.
Voltou do local mal conseguindo falar com eles, mil e um planos lhe antecipavam na mente, até que Salésio quebrou o silêncio:
— Está com febre, disse dirigindo-se ao Guardião.
— Parece até você, quando começou a construir a usina.
Jonas continuava a não escutar os amigos, mas de repente lembrou-se:
— E as ferramentas?
— Não se preocupe Jonas, seu filho arranja isto, será capaz de até conseguir um pequeno trator, tem o avião.
— É, vou falar com ele.
— Falando em iluminação, há dias você disse que ia reativar a Usina, disse Gat a Chato.
— Já corri o rio, encontrei o lugar apropriado, mas a fiação não será suficiente para atingir a Vila.
— Vá com meu filho Salésio, quem sabe ajuda a encontrar o que preciso e nós o ajudamos a trazer o seu material.
— Pensei que nem estava nos ouvindo Jonas, atalhou Gat.
— De fato, fiquei um pouco perdido, mas já recuperei.
Chegando em casa, Jonas procurou Kleber, encontrando-o na casa vizinha, armazenando combustível.
— Você está colocando isto aqui filho? Não é perigoso?
— O pior é que há perigo sim, mas fora é mais ainda.
— Kleber, preciso de um favor seu, só mais um. O que você diz sobre conseguir para mim um pequeno trator e utensílios agrícolas? Sei que Regis deixou com os Reis grande parte dos produtos que estavam na Base.
Não trouxemos nada para cavar a terra, foi muita correria.
— Vou sim. Em Vale Verde, deverá ter o que quer, parece que são terrestres que tomam conta.
— O Chato pode ir com você? Está precisando de materiais para reativar uma pequena usina elétrica.
— Pode, terei companhia.
— Mas, pai, porque vai precisar de um trator?
— Esqueci de lhe dizer, ganhei um bom pedaço de terras desmatadas, prontas para cultivo. Se der certo, quero plantar numa metade cereais e na outra uma grande variedade de sementes.
— Fico contente, assim realiza seu sonho.
Mas já que é assim, também vou precisar de um favor, gostaria de utilizar um cantinho de suas terras.
— Para que?
— Para construir uma cobertura e armazenar lá os combustíveis, bem como um pequeno lugar para a aeronave.
— Pode escolher, tem muito espaço. Vou precisar de ajuda para fecharmos a propriedade, assim, se encontrar arames também pode trazer.

A partir daquele dia Jonas amanhecia no seu sítio. A primeira coisa que fez foi depositar na terra os seus arbustos.
Três meses depois, estava no seu trator movido com óleo de archote, revolvendo a terra. A cerca ficara pronta. Por sua vez, Salésio havia conseguido tudo que precisava e novamente foi procurar o amigo Licos para combinarem.
Gat entrou com uma parte, Chato com outra, Licos cortou pela metade o preço. Assim, os três novamente iluminaram a Vila.

Kleber já havia comunicado com muitas pessoas, para que quando quisessem ver o mar, que fossem até Vila Talma e lá o procurasse. Deixara recado em muitos lugares, inclusive na casa de Salésio, onde compradores de roupa continuavam a vir de muito longe. Cobrando preços baratos, alguns deles aproveitavam para conhecer o veículo e fazerem uma curta viagem. Todos gostavam, a notícia se espalhou e não demorou para engrenar a atividade que pensara.
Sabia que aquilo era por tempo limitado, até os combustíveis esgotarem. Tendo feito amizade com os filhos de Licos, também carpinteiros, associou-se a eles na construção de barcos, para pequenas viagens na Costa, também na finalidade de atender turistas.
Jonas, muito feliz, via as sementes brotarem e tomarem forma de pequenos arbustos, lotando metade do seu terreno. Não descansava, sempre cuidando de suas plantações. O clima já não era tão frio, fizera a primeira colheita e se preparava para outra.
Cássia se entendia bem com Oda, ambas fecharam um local onde colocaram as galinhas e passaram a lucrar com elas.
A filha de Clifo ficara uma mocinha muito bonita, vivia a rodear Kleber. Este embora a julgasse muito nova, não deixava de cortejá-la. A mãe, ao contrário de quando vivia na Astronave, passou a incentivá-lo e não deu noutra. Acabaram tendo de ir a presença do Skan e a festa do casamento foi realizada debaixo das luzes novamente instaladas.
Sozinhos no novo lar, Cássia comentou com o marido:
— Por pouco teríamos ficado lá para sempre.
— Perderíamos a felicidade de vivermos de verdade, de ficarmos em contato com a natureza, de vermos as flores e os frutos brotarem livres.

— — —

Quando Gilbert chegou a casa de Natan, Nila veio correndo recebê-lo, levando-o para o interior da modesta casa.
— Sente-se Senhor Gilbert, disse Sota ao moço.
— Por favor, só Gilbert.
— Está bem Gilbert.
Aguarde um pouco, estamos terminando de preparar.
Natan, sentando-se próximo do rapaz, disse:
— Fico contente por ter vindo, queria agradecê-lo por sua atitude. Conheço muito bem Guno, quando bebe é um dos piores elementos deste lugar, já tem até uma morte nas costas. Nossa filha estava em grande perigo.
Precisava avisá-lo sobre isto. Já conversei com Just, ele foi repreendido. Só espero que não se vingue. Mas não estando alcoolizado, nem se lembra do que fez. Por isto não foi executado. Just proibiu as tabernas de vender bebidas para ele.
— Obrigado Natan, mas não se preocupe. Foi bom me avisar, ficarei atento.
Enquanto os dois conversavam, Nila não tirava os olhos do moço, o que não passava despercebido pela mãe, que vez ou outra a cutucava como a dizer para ter modos.
Foi um dia alegre, a moça durante todo o tempo, discretamente se insinuava para o rapaz. Este, apesar da seriedade natural acabou percebendo.
Nila não possuía estudo como as moças que estiveram na cidade espacial, mas era inteligente. Havia recebido instrução pelo sistema comum da aldeia, participara dos treinamentos terrestres, embora fosse uma garotinha.
Desde a noite que fora salva, seu coração pulsava por Gilbert.
Terminado o almoço, o rapaz se despediu, agradeceu a hospitalidade e prometeu retribuir.
Logo que saiu, Sota virando-se brava para a filha, disse:
— Pensa que não vi seu assanhamento?
— Ora mãe, o que foi que fiz?
No íntimo, a mãe com toda sua experiência de vida, temia que a moça criasse um sentimento e viesse a ter desilusões.
— Minha filha, ele é de outra raça, parece muito bom, também é rico e nós somos pobres.
A moça baixou os olhos, ficou triste, o mundo de esperança que criara em pouco tempo, se desmoronava muito mais rápido ainda.
O pai não compartilhou da conversa, acompanhou o moço e foi encontrar com amigos.
Gilbert gostou do bom almoço. Era sozinho e não sabia cozinhar bem, mas não fora os alimentos que o impressionara, mas a fisionomia alva da moça e a beleza dos pelos que pareciam dourar seus braços. Pela primeira vez sentia vontade de voltar e conversar com ela, só para admirá-la.
No caminho, encontrou Vítor e a esposa carregando o filho.
— Estão passeando?
— Não Gilbert, fomos levar o Júnior ao curandeiro, estava com muita febre. Ele lhe deu alguns medicamentos, já melhorou.
Estamos voltando, venha até nossa casa para conversarmos.
— Pensando bem, é o que vou fazer.
Caminharam um pouco e logo chegaram. Sint foi acomodar o menino e logo voltou para junto do marido.
— Então Gilbert, estava em alguma taberna?
— Não, em um almoço.
— Foi a um almoço e não me convidou?
— É que este não era de negócios. Foi na casa de Nila, filha de Natan.
— Conheço muito Nila, disse Sint, continuando: É uma boa moça, somos amigas desde a infância.
Gilbert se interessou e logo começou a fazer uma série de perguntas sobre ela, até que Vítor interrompeu:
— Isto está cheirando casamento. Por isto me perguntou sobre o assunto há alguns dias.
— Não Vítor, foi coincidência, só a conheci depois, quando tive de defendê-la do ataque de um homem descontrolado.
— Faz tempo que não a vejo, mas se continua da mesma forma, vai tê-la que tratar com cuidado. É muito sensível, se magoa com facilidade, disse Sint.

Procurando contatar a moça, Gilbert estava resolvido a ir até sua casa, quando no trajeto a viu se aproximar e passar por ele, desviando o olhar, sequer o cumprimentando. Sorte que não se dera por vencido, preocupado com atitude dela, correu até alcançá-la dizendo-lhe:
— Quero falar com você Nila.
A jovem se fez de surda, mas foi insistente e ela acabou esperando.
— O que aconteceu? Parece estar fugindo de mim.
— Nem sei o que dizer Gilbert. O que você quer comigo? Sou pobre, não tenho cultura.
— E o que tem isto?
— Por este motivo não podemos ser amigos? Gostaria de conhecê-la melhor. Para lhe ser sincero, gostaria de namorá-la.
— Eu também Gilbert.
Vamos então até minha casa para você falar com meu pai.
— É preciso falar com ele?
— Não sabia? É costume aqui, pergunte ao seu amigo, marido da Sint.
— Vamos até lá, falo com ele, com sua mãe, com sua avó, seu avô, com todo mundo, o que quero é ficar perto de você.
A fisionomia da moça ficou radiante de felicidade.

Passado meses de namoro, o rapaz vendo que o momento chegara, falou para Nila:
— Meu amor, chegou a hora de ficarmos noivos.
— O que é isto?
— É um período que se antecipa ao casamento e que passamos a usar alianças.
— Aqui não é assim Gilbert. Se vamos nos casar, temos de falar com o Skan, ficaremos dois meses sem encontrar, depois voltamos para marcar a data.
— Está bem, então vamos até ele.

Passado o período imposto pelo Chefe religioso, o enlace foi realizado e a felicidade de Gilbert se completou.

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