PRINCE, FONTE DE LUZ E VILA TALMA
Na terra dos Nogos, vamos
encontra Gilbert no mesmo local das edificações. Um centro moderno, um oásis
naquele mundo primitivo. A iluminação tomava todo o grande prédio, onde
computadores funcionavam. Poder-se-ia dizer quase uma réplica da cidade
espacial.
Os geradores movidos com
combustíveis de archotes funcionaram. O local ficou conhecido por Fonte de Luz,
nome que oficialmente recebeu.
O engenheiro, percebendo que
o destino era a mudança para a superfície, pediu permissão para construir lá
sua residência, edificando uma bela casa. Ficara sozinho, os pais não quiseram
descer, sentiam-se idosos. Não voltou mais à nave, tentou pelo comunicador
convencê-los, mas foi em vão.
Soubera por eles mesmos que
sua irmã se casara e que estava em Vale Verde. Manteve sua equipe, coordenada
pelo fiel amigo Vítor e formou outra com terrestres e nativos. Os pedidos de
construções não paravam, sentia que passaria a vida exercendo a profissão.
Ganhava bem, possuía uma residência com todo conforto, mas ainda não havia
encontrado uma companheira.
Estava prestes a terminar a
mansão de Kalil, desenhada pelo mesmo com muito requinte. O príncipe passara a
morar lá depois de desposar Kiria, que por sua vez lecionava no Colégio.
Kalil teve de ampliar seu
escritório e contratar pessoal, não vencia a solicitação de plantas.
Gilbert, passava boa parte
de seu tempo examinando o andamento dos trabalhos, ora em Prince, ora em Fonte
de Luz, tornara-se amigo do Príncipe, quase um sócio, geralmente era o executor
dos projetos.
A pobreza da região
desaparecera, a fábrica de cal e cimento e a enorme produção de tijolos
continuava. Estradas foram abertas e carroções puxados por animais levavam os
produtos para várias partes. Just, o Guardião, vivia como pedira a Deus, o banditismo
fora extinto.
Borato e Lúcia, após
cumprirem em outras Vilas suas tarefas de instrutores, voltaram para Prince.
Conseguiram uma área para plantio e semearam trigo, construíram moinhos e
passaram a fabricar pães. Depois, abandonaram o plantio pelo fornecimento de
sementes, comprando a produção.
Vez ou outra, Gilbert se
abria com o antigo amigo. Numa das tardes, após o término dos serviços, lhe
perguntou:
— Vítor, como é a vida de
casado?
— Se pensa que vou dizer que
é ruim, está enganado.
Nada melhor que ter uma
nativa ao lado, não reclama, tudo está bem, se xinga a gente não entende, fica
por isto mesmo.
— Estou falando sério,
Vítor.
— Estou respondendo com
seriedade, gosto muito de Sint, você a conhece, nosso filho já tem dois anos e
posso dizer que sou muito feliz.
Mas por que estas perguntas?
Vai me dizer que apareceu alguém e você finalmente vai desencalhar.
— Ah! Desencalhar! Olha quem
está falando, casou-se com a primeira namorada que teve!
— Mas casei! Não é verdade!
— Bem, venho pensando na minha
vida. Encontro com muitas professoras todos os dias, belas moças, mas nenhuma
me fez vibrar.
— Seu dia chegará, então
entenderá tudo isto. Se não chegar é preferível continuar como está.
Algum tempo depois.
Numa das últimas tabernas de
Prince, iluminada por archotes, o repulsivo Guno dava gargalhadas exageradas,
enquanto bebia copos de vinho. O dono do estabelecimento já não o queria
servir, estava perturbando a ordem, mas ele:
— Tenho dinheiro, ou ele não
serve?
— É melhor retirar-se ou
mando chamar Just.
O homem tornou-se ainda mais
impertinente. O comerciante fez então sinal para dois homens fortes, que se
colocaram ao lado do fanfarrão e o enxotaram.
Guno, esbravejando saiu. Era
carroceiro. Quando bebia mudava a personalidade, passando de uma pessoa normal
para outra intolerante e de má índole.
Dando berros, foi caminhando
pelas ruas. De repente, ao passar perto de uma das casas, viu pela janela
entreaberta uma bela jovem. Sem raciocinar, forçou a porta e entrou.
A moça estava sozinha, ficou
apavorada ao ver aquele intruso ir para o lado dela, saiu da casa a correr e
ele a seguiu. Apavorada, pisou em falso e foi ao chão, ia levantando quando o
marginal já se prestava a agarrá-la. Nisto, um fulminante soco o prostrou por
terra.
Nila, auxiliada pelo moço se
levantou. Sequer podia andar, então a carregou até sua casa.
Nesse meio tempo, Natan e
Sota, pais dela haviam chegado, ficaram nervosos quando o jovem entrou
carregando a filha.
— O que aconteceu?,
perguntaram aflitos.
— Não sei bem, vi que um
homem corria atrás dela e ia agarrá-la quando lhe dei um soco, está lá na rua.
— Foi Guno, entrou aqui como
um louco, queria me pegar, disse a moça soluçando. Acho que quebrei o pé.
— Obrigado moço por ter
salvo nossa filha. Falou Natan.
Você é Gilbert que constrói
casas?
— Sou, se precisarem de alguma
coisa estou a disposição.
Depois do incidente, o
engenheiro foi para casa e continuou sua rotina.
Passado dois dias, estava no
habitual trabalho, quando uma nativa pediu para lhe falar, logo a reconheceu.
— Senhor Gilbert, estava tão
nervosa naquele dia que mal lhe dei atenção. Meu pai quer lhe dar um almoço e
me pediu para convidá-lo.
— Com muito prazer, irei
sim. O pé sarou?
— Sim, não tenho mais nada.
Fiquei com vergonha de me carregar.
— Como iria deixar uma bela
jovem andar com o pé ferido?
A moça ruborizou-se diante
daquelas palavras, Gilbert continuou:
— Quando deverei ir?
— Amanhã, é dia de descanso,
estaremos lhe esperando.
— Ainda não me disse seu
nome.
— É Nila.
— Bonito nome, gostei, Nila.
Amanhã irei até sua casa.
Quando a jovem se retirou,
Gilbert lembrou-se de flores, sem querer associava aquele rosto de menina ao de
um belo botão de rosas. Dali em diante, não conseguiu tirá-la da cabeça.
— — —
Saindo de Prince,
atravessando o continente, vamos encontrar em Vila Talma o avião de Kleber a
pousar num pequeno descampado. O povo saiu as ruas, quando o barulho do objeto
parou.
Logo que desceram, Gat,
Salésio, Burin , o Curandeiro e outros foram dar-lhes as boas vindas.
Qual não foi a surpresa de
Chato ao ver seu antigo inimigo, mas foi o primeiro a cumprimentar Jonas e
oferecer préstimos. Gat mostrou as casas para Kleber e lhe entregou as chaves.
Dois dias depois, estavam
acomodados e iniciavam nova existência no pacato lugar.
Cássia logo se entendeu com
Oda, repartindo com ela o engradado de galinhas que Joseli fizera questão que
trouxesse.
Jonas percebeu que o homem
que conhecera na Roda era outro. Por sinal, o primeiro a tocar no assunto foi
Salésio:
— Jonas, sei que deve
guardar alguma mágoa de mim. Não sei nem como explicar, o fato é que encontrei
aqui a razão de minha vida. Se um dia agredi aquelas crianças, hoje tenho duas
delas e em suas veias corre o meu sangue.
— Não se preocupe, as boas
informações correm, tornou-se famoso pelo que fez. Pode me considerar seu
amigo.
— Obrigado Jonas, é muito
bom, pois há muitas coisas por fazer.
No terceiro dia, Jonas
voltou a se impacientar com suas plantas, as colocara no quintal, mas ainda
estavam nas caixas. Sentia-se mais que disposto a colocar em prática o que
vinha sonhando. Assim, foi procurar Chato, logo o encontrando.
— Preciso de um grande
favor, trouxe plantas e sementes que gostaria de cultivar, como poderei
conseguir um lugar para plantio?
— Com Gat, com as inundações
a Coroa tirou o direito de propriedade, deixando para os Guardiões a
redistribuição, com documentação e tudo. Vamos falar com ele.
— Chato levou o novo amigo
até o habitual ponto do chefe da Guarda, a Taberna. Não que passasse o dia
bebendo, simplesmente porque gostava de ficar lá, desde que a esposa morrera.
— Gat, Jonas precisa de
ajuda.
— Vamos sentar, quer tomar
alguma coisa?
— Não, obrigado. Respondeu o
novo morador.
Gat, trouxe todos os tipos
de sementes do extinto planeta de nossa origem, gostaria de ver se germinam
aqui. Para isto precisa de um pedaço de terra limpa para trabalhar. Tenho
também algumas pequenas árvores frutíferas para replantar.
— Venha comigo, vamos andar
um pouco.
Gat travessou a Vila, depois
um pequeno capão de mato e entrou num descampado plano e disse a Jonas:
— Este lugar serve para seus
propósitos?
O agricultor nunca vira
tanta terra, para ele, aquilo estava além do que esperava. Finalmente veria as
plantinhas crescerem. Mas preocupado perguntou:
— Poderei ficar com tudo
isto? Não entendi bem.
— Vou passar para o seu nome
toda esta área, o único compromisso seu será fazê-la produzir, poderá aceitar
toda ou parte, isto é de acordo com sua vontade.
— Posso então cercá-la e
considerá-la minha?
— É sua, faça a marcação ou
cerca e me avise para lhe dar a posse.
— Obrigado Gat, vou
transformar isto no maior produtor de frutos deste mundo.
Seus olhos brilhavam por
vislumbrar a realização daquilo que mais desejava. Quantas vezes sonhara, sem
nada poder fazer. A seus pés, a terra que tanto queria.
Voltou do local mal
conseguindo falar com eles, mil e um planos lhe antecipavam na mente, até que
Salésio quebrou o silêncio:
— Está com febre, disse
dirigindo-se ao Guardião.
— Parece até você, quando
começou a construir a usina.
Jonas continuava a não
escutar os amigos, mas de repente lembrou-se:
— E as ferramentas?
— Não se preocupe Jonas, seu
filho arranja isto, será capaz de até conseguir um pequeno trator, tem o avião.
— É, vou falar com ele.
— Falando em iluminação, há
dias você disse que ia reativar a Usina, disse Gat a Chato.
— Já corri o rio, encontrei
o lugar apropriado, mas a fiação não será suficiente para atingir a Vila.
— Vá com meu filho Salésio,
quem sabe ajuda a encontrar o que preciso e nós o ajudamos a trazer o seu
material.
— Pensei que nem estava nos
ouvindo Jonas, atalhou Gat.
— De fato, fiquei um pouco
perdido, mas já recuperei.
Chegando em casa, Jonas
procurou Kleber, encontrando-o na casa vizinha, armazenando combustível.
— Você está colocando isto
aqui filho? Não é perigoso?
— O pior é que há perigo
sim, mas fora é mais ainda.
— Kleber, preciso de um
favor seu, só mais um. O que você diz sobre conseguir para mim um pequeno trator
e utensílios agrícolas? Sei que Regis deixou com os Reis grande parte dos
produtos que estavam na Base.
Não trouxemos nada para
cavar a terra, foi muita correria.
— Vou sim. Em Vale Verde,
deverá ter o que quer, parece que são terrestres que tomam conta.
— O Chato pode ir com você?
Está precisando de materiais para reativar uma pequena usina elétrica.
— Pode, terei companhia.
— Mas, pai, porque vai
precisar de um trator?
— Esqueci de lhe dizer,
ganhei um bom pedaço de terras desmatadas, prontas para cultivo. Se der certo,
quero plantar numa metade cereais e na outra uma grande variedade de sementes.
— Fico contente, assim
realiza seu sonho.
Mas já que é assim, também
vou precisar de um favor, gostaria de utilizar um cantinho de suas terras.
— Para que?
— Para construir uma
cobertura e armazenar lá os combustíveis, bem como um pequeno lugar para a
aeronave.
— Pode escolher, tem muito
espaço. Vou precisar de ajuda para fecharmos a propriedade, assim, se encontrar
arames também pode trazer.
A partir daquele dia Jonas
amanhecia no seu sítio. A primeira coisa que fez foi depositar na terra os seus
arbustos.
Três meses depois, estava no
seu trator movido com óleo de archote, revolvendo a terra. A cerca ficara
pronta. Por sua vez, Salésio havia conseguido tudo que precisava e novamente
foi procurar o amigo Licos para combinarem.
Gat entrou com uma parte,
Chato com outra, Licos cortou pela metade o preço. Assim, os três novamente
iluminaram a Vila.
Kleber já havia comunicado
com muitas pessoas, para que quando quisessem ver o mar, que fossem até Vila
Talma e lá o procurasse. Deixara recado em muitos lugares, inclusive na casa de
Salésio, onde compradores de roupa continuavam a vir de muito longe. Cobrando
preços baratos, alguns deles aproveitavam para conhecer o veículo e fazerem uma
curta viagem. Todos gostavam, a notícia se espalhou e não demorou para engrenar
a atividade que pensara.
Sabia que aquilo era por
tempo limitado, até os combustíveis esgotarem. Tendo feito amizade com os
filhos de Licos, também carpinteiros, associou-se a eles na construção de
barcos, para pequenas viagens na Costa, também na finalidade de atender
turistas.
Jonas, muito feliz, via as
sementes brotarem e tomarem forma de pequenos arbustos, lotando metade do seu
terreno. Não descansava, sempre cuidando de suas plantações. O clima já não era
tão frio, fizera a primeira colheita e se preparava para outra.
Cássia se entendia bem com
Oda, ambas fecharam um local onde colocaram as galinhas e passaram a lucrar com
elas.
A filha de Clifo ficara uma
mocinha muito bonita, vivia a rodear Kleber. Este embora a julgasse muito nova,
não deixava de cortejá-la. A mãe, ao contrário de quando vivia na Astronave,
passou a incentivá-lo e não deu noutra. Acabaram tendo de ir a presença do Skan
e a festa do casamento foi realizada debaixo das luzes novamente instaladas.
Sozinhos no novo lar, Cássia
comentou com o marido:
— Por pouco teríamos ficado
lá para sempre.
— Perderíamos a felicidade
de vivermos de verdade, de ficarmos em contato com a natureza, de vermos as
flores e os frutos brotarem livres.
— — —
Quando Gilbert chegou a casa
de Natan, Nila veio correndo recebê-lo, levando-o para o interior da modesta
casa.
— Sente-se Senhor Gilbert,
disse Sota ao moço.
— Por favor, só Gilbert.
— Está bem Gilbert.
Aguarde um pouco, estamos
terminando de preparar.
Natan, sentando-se próximo
do rapaz, disse:
— Fico contente por ter
vindo, queria agradecê-lo por sua atitude. Conheço muito bem Guno, quando bebe
é um dos piores elementos deste lugar, já tem até uma morte nas costas. Nossa
filha estava em grande perigo.
Precisava avisá-lo sobre
isto. Já conversei com Just, ele foi repreendido. Só espero que não se vingue.
Mas não estando alcoolizado, nem se lembra do que fez. Por isto não foi
executado. Just proibiu as tabernas de vender bebidas para ele.
— Obrigado Natan, mas não se
preocupe. Foi bom me avisar, ficarei atento.
Enquanto os dois
conversavam, Nila não tirava os olhos do moço, o que não passava despercebido
pela mãe, que vez ou outra a cutucava como a dizer para ter modos.
Foi um dia alegre, a moça
durante todo o tempo, discretamente se insinuava para o rapaz. Este, apesar da
seriedade natural acabou percebendo.
Nila não possuía estudo como
as moças que estiveram na cidade espacial, mas era inteligente. Havia recebido
instrução pelo sistema comum da aldeia, participara dos treinamentos
terrestres, embora fosse uma garotinha.
Desde a noite que fora
salva, seu coração pulsava por Gilbert.
Terminado o almoço, o rapaz
se despediu, agradeceu a hospitalidade e prometeu retribuir.
Logo que saiu, Sota
virando-se brava para a filha, disse:
— Pensa que não vi seu
assanhamento?
— Ora mãe, o que foi que
fiz?
No íntimo, a mãe com toda
sua experiência de vida, temia que a moça criasse um sentimento e viesse a ter
desilusões.
— Minha filha, ele é de
outra raça, parece muito bom, também é rico e nós somos pobres.
A moça baixou os olhos,
ficou triste, o mundo de esperança que criara em pouco tempo, se desmoronava
muito mais rápido ainda.
O pai não compartilhou da
conversa, acompanhou o moço e foi encontrar com amigos.
Gilbert gostou do bom
almoço. Era sozinho e não sabia cozinhar bem, mas não fora os alimentos que o
impressionara, mas a fisionomia alva da moça e a beleza dos pelos que pareciam
dourar seus braços. Pela primeira vez sentia vontade de voltar e conversar com
ela, só para admirá-la.
No caminho, encontrou Vítor
e a esposa carregando o filho.
— Estão passeando?
— Não Gilbert, fomos levar o
Júnior ao curandeiro, estava com muita febre. Ele lhe deu alguns medicamentos,
já melhorou.
Estamos voltando, venha até
nossa casa para conversarmos.
— Pensando bem, é o que vou
fazer.
Caminharam um pouco e logo
chegaram. Sint foi acomodar o menino e logo voltou para junto do marido.
— Então Gilbert, estava em
alguma taberna?
— Não, em um almoço.
— Foi a um almoço e não me
convidou?
— É que este não era de
negócios. Foi na casa de Nila, filha de Natan.
— Conheço muito Nila, disse
Sint, continuando: É uma boa moça, somos amigas desde a infância.
Gilbert se interessou e logo
começou a fazer uma série de perguntas sobre ela, até que Vítor interrompeu:
— Isto está cheirando
casamento. Por isto me perguntou sobre o assunto há alguns dias.
— Não Vítor, foi
coincidência, só a conheci depois, quando tive de defendê-la do ataque de um
homem descontrolado.
— Faz tempo que não a vejo,
mas se continua da mesma forma, vai tê-la que tratar com cuidado. É muito
sensível, se magoa com facilidade, disse Sint.
Procurando contatar a moça,
Gilbert estava resolvido a ir até sua casa, quando no trajeto a viu se
aproximar e passar por ele, desviando o olhar, sequer o cumprimentando. Sorte
que não se dera por vencido, preocupado com atitude dela, correu até alcançá-la
dizendo-lhe:
— Quero falar com você Nila.
A jovem se fez de surda, mas
foi insistente e ela acabou esperando.
— O que aconteceu? Parece
estar fugindo de mim.
— Nem sei o que dizer
Gilbert. O que você quer comigo? Sou pobre, não tenho cultura.
— E o que tem isto?
— Por este motivo não
podemos ser amigos? Gostaria de conhecê-la melhor. Para lhe ser sincero,
gostaria de namorá-la.
— Eu também Gilbert.
Vamos então até minha casa
para você falar com meu pai.
— É preciso falar com ele?
— Não sabia? É costume aqui,
pergunte ao seu amigo, marido da Sint.
— Vamos até lá, falo com
ele, com sua mãe, com sua avó, seu avô, com todo mundo, o que quero é ficar
perto de você.
A fisionomia da moça ficou
radiante de felicidade.
Passado meses de namoro, o
rapaz vendo que o momento chegara, falou para Nila:
— Meu amor, chegou a hora de
ficarmos noivos.
— O que é isto?
— É um período que se
antecipa ao casamento e que passamos a usar alianças.
— Aqui não é assim Gilbert.
Se vamos nos casar, temos de falar com o Skan, ficaremos dois meses sem
encontrar, depois voltamos para marcar a data.
— Está bem, então vamos até
ele.
Passado o período imposto
pelo Chefe religioso, o enlace foi realizado e a felicidade de Gilbert se
completou.
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