terça-feira, 23 de junho de 2009

Fim do Mundo - Crônica

O dia 17 de julho de 1994 foi marcante para o esporte brasileiro. O Brasil conquistava o tetracampeonato de futebol. A festa era única de norte a sul.
Nova moeda, o REAL, entrava em circulação e a população parecia contente com os rumos do País.
Enquanto a euforia dominava, há milhões de quilômetros, em nosso sistema solar, Júpiter recebia uma saraivada de rochas. Enormes blocos, vindos dos confins do espaço, se chocavam com o planeta gigante. Ao todo vinte e uma partes de um enorme “cometa” explodiram na sua superfície, sendo que apenas uma, se direcionada para a Terra, seria o suficiente para exterminar a vida em nosso mundo.
Em termos astronômicos, a distância que nos separa de Júpiter é relativamente muito pequena, assim, o desastre cósmico poderia ter ocorrido em nosso planeta, o que daria razão às predições sobre o final dos tempos.
Havia um dito popular: “1.000 passou, mas 2.000 não chegará”. Direta ou indiretamente apoiando esta crença, as religiões estavam sempre citando o Apocalipse, existindo algumas que propalavam abertamente que o fim estava chegando. Esta insistência fundamenta-se em escritos vindos da antiguidade, talvez fragmentos de sabedorias deixadas pelos povos antediluvianos.
Há milhões de anos que a Terra possui condições para a vida, no entanto o registro oficial não está muito além de 15.000 anos.
O dilúvio, fim dos tempos anteriores, levou para as profundezas a civilização da época. O violento cataclismo, motivado pela precipitação de um corpo celeste, ocorreu às vinte horas, no dia 5 de junho de 8.496 a. C. (1)
Dos povos que habitavam o planeta nada sobrou, a não ser alguns poucos sobreviventes, que voltaram ao primitivismo, cultivando na memória fatos recortados de um passado perdido. Lembranças que foram transformadas em lendas.
Exemplo disto, encontra-se nas literaturas em sânscrito, preservadas na Índia. O Ramaiana, o Maabárata e outras contam sobre guerras onde se usavam armas devastadoras, bombas nucleares, aviões e naves espaciais. (2) Mesmo que viesse a se tratar de simples ficção, em que os autores teriam se baseado para descrever efeitos que somente conseguimos entender após as explosões atômicas?
Embora nossa evolução tecnológica tenha aparecido somente neste século, o homem está preste a fazer viagens espaciais. Desenvolveu: armas, veículos terrestres e aéreos, computadores e uma infinidade de bens de consumo. Mesmo considerando que tenhamos chegado a este estágio após 15.000 anos, imaginemos o que será dentro de mais 10.000, se nada impedir o progresso.
Pois bem, voltemos então ao remotíssimo passado e suponhamos que a civilização extinta tenha permanecido 20.000 ou 50.000 anos sem sofrer os efeitos de uma convulsão global, obviamente poderia ter atingido patamares de desenvolvimento que sequer poderemos definir. Conseqüentemente seria detentora de uma ciência acima de nossos atuais conceitos, capaz de conhecer com muita segurança sobre a evolução dos “cometas”, de saber sobre prováveis impactos com a terra.
O choque do “cometa”, com Júpiter, foi considerado pelos cientistas como “o mais espetacular fato sideral já registrado pela história”.
Suponhamos que naqueles idos, tenha sido previsto que um desses viajantes cósmicos viessem a se chocar com a Terra. Embora a distante época, conhecimentos dessa ciência poderiam ter permanecido, permitindo a afirmativa de um fim.
Como o homem retomou ao primitivismo tribal, para daí novamente se reerguer, ele na ignorância readquirida destruiu muitas fontes do saber. Tão logo formou as primeiras nações, sua belicosidade aflorou nas guerras que até hoje marcam as histórias dos povos. Saques, destruição de livros, documentos ou objetos, enterraram páginas de conhecimentos.
O ocorrido em Júpiter deve não ter conotação nenhuma com a pretensão desta crônica, mas a hipótese de que no passado, por alguma forma, soubessem as causas de movimentação dos cometas, talvez também pudessem estimar as épocas de risco da humanidade, quem sabe até a marcação de um final dos tempos. Datação que atravessou milênios e deu origem às profecias ou lendas, acentuando o “apocalipse” em 2.000.
Um grande astro após o último planeta do sistema solar vem sendo procurado a muitos anos, podendo tratar-se até de uma pequena estrela de baixa luminosidade, se existir poderia influir no comportamento dos cometas. Talvez Nibiru citado pelos Sumérios a 6.000 anos, portanto, conhecida na antiguidade.
De qualquer forma, O FIM NÃO ACONTECEU e a raça humana usufruirá seu habitat por tempos inimagináveis.
(1)- Peter Kolosimo - Antes dos Tempos Conhecidos.
(2) - W. Raymond Drake - Deuses e Astronautas no Antigo Oriente.
Nota do autor: Nem tudo que nossa imaginação apresenta é realidade. Por vezes pensamos em fatos intrigantes que sentimos ter de propalar. Assim, embora possa ser absurda minha colocação sobre o acontecido, me pergunto: - teria algum fundamento? // Conforme nossa ciência Júpiter funciona como se fosse um imã para cometas que dele se aproximam devido sua força gravitacional. Por sua vez, aludido cometa orbitou o grande astro por algum tempo e as imagens da colisão foram colhidas por sondas. Mas e se houvesse um desvio na trajetória e ele acabasse se aproximando de nossa Terra? Honestamente parece uma suposição vaga, mas o texto se enquadra como ficção científica, razão de tornar possível até o impossível.

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